O professor Ricardo, homem de muitos afazeres,
se julgava muito sábio e profundo conhecedor da
natureza humana. Pretensioso, resolveu visitar um Mestre
Zen.
Ao chegar em sua casa, conforme já tinha premeditado,
resolveu questioná-lo sobre vários e diferentes
assuntos. Desde o sol, Deus, terra, tudo o que vinha na
sua inquieta mente.
O jovem professor estava tão absorto em suas
perguntas que não se dava conta de que o Mestre não
respondia. Apenas o observava pensativo.
Finalmente, entre o intervalo em que o professor
respirou o Mestre falou:
– Sinto que você está com um aspecto cansado.
Talvez tenha sido a longa caminhada até aqui. Peço-lhe
licença, pois vou preparar um delicioso chá para você.
O Mestre pronunciou tais palavras e calmamente
dirigiu-se à cozinha para preparar o prometido chá.
O professor Ricardo continuou na sala com
perguntas e mais perguntas passeando por sua mente.
Algum tempo depois, o Mestre voltou com um
bonito bule oriental de chá. O aroma gostoso se expandia
pela sala e tentava inebriar o ambiente.
– Caro professor, você me parece apressado e
ansioso. Quem sabe ao tomar o chá tenha suas perguntas
respondidas? Melhor, talvez antes de tomar o chá...
O professor estava indignado! Tinha vindo
conversar e não tomar chá! Uma caminhada tão longa!
Parecia que tinha perdido seu tempo! Como suas perguntas
sobre Deus seriam respondidas pelo chá? “Acho melhor
procurar outro.”
O Mestre pegou o bule, entregou-lhe xícara e
pires e começou a verter o chá na xícara do professor.Ao
iniciar não mais parou. A xícara ficou cheia, transbordou
no pires e o Mestre continuava... Mais um segundo e o chá
derramaria até o chão...
– Pare! O que você está fazendo? Ficou maluco?
Não vê que o pires vai transbordar e o chá vai se espalhar
pela sala?
– É exatamente nesta situação que você se
encontra. Sua mente está cheia de perguntas que mesmo
que eu tente responder não haverá espaço nela nem no
seu coração, para que a resposta entre.
O professor ouvia perplexo o Mestre.
– Mas você é inteligente e percebeu que só
precisava de mais uma gota para o pires transbordar e cair
chá no chão. Então, digo que, desde que você entrou nesta
sala as perguntas estão transbordando por todos os lados.
É um lugar pequeno e já está transbordando com suas
indagações e questiona-mentos. Vá embora, esvazie sua
xícara e depois volte. Primeiro, crie um pouco de espaço
dentro de si mesmo.
O jovem pela primeira vez ficava em silêncio (...)
se julgava muito sábio e profundo conhecedor da
natureza humana. Pretensioso, resolveu visitar um Mestre
Zen.
Ao chegar em sua casa, conforme já tinha premeditado,
resolveu questioná-lo sobre vários e diferentes
assuntos. Desde o sol, Deus, terra, tudo o que vinha na
sua inquieta mente.
O jovem professor estava tão absorto em suas
perguntas que não se dava conta de que o Mestre não
respondia. Apenas o observava pensativo.
Finalmente, entre o intervalo em que o professor
respirou o Mestre falou:
– Sinto que você está com um aspecto cansado.
Talvez tenha sido a longa caminhada até aqui. Peço-lhe
licença, pois vou preparar um delicioso chá para você.
O Mestre pronunciou tais palavras e calmamente
dirigiu-se à cozinha para preparar o prometido chá.
O professor Ricardo continuou na sala com
perguntas e mais perguntas passeando por sua mente.
Algum tempo depois, o Mestre voltou com um
bonito bule oriental de chá. O aroma gostoso se expandia
pela sala e tentava inebriar o ambiente.
– Caro professor, você me parece apressado e
ansioso. Quem sabe ao tomar o chá tenha suas perguntas
respondidas? Melhor, talvez antes de tomar o chá...
O professor estava indignado! Tinha vindo
conversar e não tomar chá! Uma caminhada tão longa!
Parecia que tinha perdido seu tempo! Como suas perguntas
sobre Deus seriam respondidas pelo chá? “Acho melhor
procurar outro.”
O Mestre pegou o bule, entregou-lhe xícara e
pires e começou a verter o chá na xícara do professor.Ao
iniciar não mais parou. A xícara ficou cheia, transbordou
no pires e o Mestre continuava... Mais um segundo e o chá
derramaria até o chão...
– Pare! O que você está fazendo? Ficou maluco?
Não vê que o pires vai transbordar e o chá vai se espalhar
pela sala?
– É exatamente nesta situação que você se
encontra. Sua mente está cheia de perguntas que mesmo
que eu tente responder não haverá espaço nela nem no
seu coração, para que a resposta entre.
O professor ouvia perplexo o Mestre.
– Mas você é inteligente e percebeu que só
precisava de mais uma gota para o pires transbordar e cair
chá no chão. Então, digo que, desde que você entrou nesta
sala as perguntas estão transbordando por todos os lados.
É um lugar pequeno e já está transbordando com suas
indagações e questiona-mentos. Vá embora, esvazie sua
xícara e depois volte. Primeiro, crie um pouco de espaço
dentro de si mesmo.
O jovem pela primeira vez ficava em silêncio (...)
Livro Histórias Interessantes vol. III
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